"Billy Duffy do The Cult detonando com Roland & Boss"
Por Johnny DeMarco
Tradução: Bozo
O lugar: O estúdio de ensaio de um amigo em Norte Hollywood, Califórnia.
A estrela da Guitarra: Billy Duffy da lendária banda de rock britânica The Cult.
A Roland se encontrou com Duffy quando ele estava se preparando para voltar à estrada com o Cult. Ele falou sobre a sua carreira, passado e presente, e os companheiros fiéis dele, um amplificador Roland JC-120 e um pedalboard cheios de pedais da Boss.
Você tem tocado com Roland e Boss durante anos. Ok, vamos ao começo de tudo. Fale-nos sobre suas primeiras bandas: O Nosebleeds e o Theatre Of Hate. Quantos anos você tinha quando você começou a tocar guitarra?
Eu comecei quando eu tinha 15 anos. Eu fiz a coisa habitual, tocando em bandas de escolas, e o movimento " punk " aconteceu na Inglaterra quando eu tinha quase 16 anos. O Punk tornou possível gravar um disco, porque antes disso, era uma fantasia sair de sua cidade local e fazer uma turnê. Eu gosto de muitas bandas, entretanto, Thin Lizzy, Led Zeppelin e Queen. The Stooges, David Bowie, The New York Dolls, MC5, e alguns do meus preferidos: Clash, Sex Pistols, The Damned, Generation X … não tão “polido”, mas são minhas principais influências. Assim era o começo.
Esta é uma história famosa. Por gostar de New York Dolls que eu fiquei amigo de Morrissey. Ele foi chamado assim que montamos o Nosebleeds; e foi um pouco por acidente. Foi em 1978, e eu realmente só queria ser o roadie de guitarra da banda. Então o cantor e o guitarrista na época saíram, e nos ensaios me pediam para fazer as bases, pois sabiam que eu sabia tocar um pouco. Assim eu arrumei o emprego como guitarrista, e eles disseram, " Bem, você conhece algum cantor "? Eu conhecia o Morrissey, o resto é história.
Quando eu deixei Manchester, fui para Londres e entrei para o Death Cult. Alguns anos depois, Morrissey terminou com o The Smiths juntamente com o meu camarada, velho Johnny Marr, que eu conhecia na época de minha escola. Conheci ambos em épocas diferentes e eles montam uma banda juntos, ficam famosos... como esse mundo é pequeno!
Como e quando você entrou para o The Cult?
Eu toquei em várias bandas em Londres e acabei lançando muitos singles em vinil. Eu fiz algumas turnês pelo país, e eu terminei em uma banda chamada Theatre Of Hate. É uma história engraçada. . . . Em Londres, eu era amigo de Boy George. Ele era um DJ da cena de Londres. Eu tocava em clubes e saía muito, e ele me falou sobre uma banda que procurava um guitarrista. A banda era o Theatre Of Hate, assim eu toquei com eles durante um ano. Naquele ano, chamamos o Southern Death Cult para abrir os nossos shows, e Ian Astbury era o cantor. Assim conheci Ian. Quando deixei a banda Ian tinha deixado a sua também e ele veio até Londres, ele morava no norte da Inglaterra e me achou. Ele disse, você quer montar uma banda? Eu sempre gostei do jeito que você toca guitarra". eu disse, " Sim, claro, " e foi assim que nasceu o Death Cult em 1983. Nós começamos a escrever as canções, reunir a banda, e, nosso primeiro disco foi lançado pela mesma gravadora do Southern Death Cult.
Existe colaboração no processo de composição?
Tudo é uma colaboração. Geralmente, eu escrevo a música e Ian escreve as letras, quase sempre.
Você mencionou alguns bandas que o influenciaram. E guitarristas?
Angus e Malcolm Young, obviamente. Jimi Hendrix era um gênio e Jimi Page é muito bom.
Fale-nos sobre o mais recente trabalho e a grande turnê. Onde vocês tocarão?
Bem, nós fizemos um disco em 2001, chamado Beyond Good & Evil. Nós viajamos bastante na América e Canadá, nós fizemos alguns shows no Japão e Inglaterra. Estamos sem nada novo no momento. Já estamos escrevendo algumas canções novas e provavelmente faremos um novo álbum, mas nós realmente não estamos concentrados nisso ainda.
Tocam algum cover no set-list?
Não com o Cult. Eu e Jerry Cantrell do Alice in Chains tivemos uma banda de covers chamada Cardboard Vampires, e nós fizemos alguns shows. Nesses espetáculos nós tocávamos duas ou três canções do AC/DC, Thin Lizzy, etc.
Você usa o amplificador de guitarra Roland JC-120 desde o começo, certo?
Sim, desde o começo, absolutamente.
Billy e seu amplificador Roland JC-120
O que você gosta nele?
É o chorus. O chorus é insuperável. Eu sempre o usei para aquele som limpo, e definitivamente em uma grande parte do álbum Electric. Eu quero dizer, eu uso outros amplificadores também. Se você olhar fotos minhas de ' 83, sempre estarei usando um amplificador valvulado e um JC-120 em combinação, sempre. Misturo os dois sons juntos. O JC-120 foi usado em todos os discos do Cult, provavelmente com a exceção de Electric, que o excluí de algumas músicas. Mas, o JC estava sempre ali, e eu usei muito ele. Basicamente tem um tom limpo surpreendente - um grande som de chorus. É insuperável. Você definitivamente pode ouvi-lo em Dreamtime e Love. Se você escutar Sonic Temple reconhece-o em algumas camadas das músicas.
E o seu pedalboard? Muitos pedais da BOSS hein?!
Sim, eu sempre usei pedais da BOSS. Eles são responsáveis por aquele som em " She Sells Sanctuary " que eram todos pedais da BOSS. Se eu tivesse que escolher só uma marca de footpedal, eu escolheria todos os pedais da BOSS. Você sabe, eles fazem tudo quase. Eu gosto dos delays - eu uso os velhos delays analógicos.
Você usa o DM-2 Analog Delay, certo?
Sim, e eu também gosto do DD-3. E muito. Eu uso o flanger [BF-3] um pouco, e eu tenho usado o Super Overdrive [SD-1], o amarelinho. Na realidade, o primeiro foi dado a mim por Jamie Stewart, o primeiro baixista do Cult, quando montamos a banda. Originalmente ele era um guitarrista em uma outra banda, e quando montamos a banda ele passou para o baixo e me deu o pedal. Ele disse, "Bem, eu não vou precisar disto," assim ele me deu aquele pedal. Eu o usei durante 20 anos. Como você pode ver, eu tenho vários deles. A maioria de meus pedais é BOSS.
Você usa o BOSS TU-2 pedal afinador também, certo?
Sim, é ótimo quando se está fazendo uma série de shows em pouco tempo. Porque simplesmente se ganha tempo.
Qual a história de seus efeitos em "She Sells Sanctuary"?
Pessoas subornaram a produtora para lhes contar que pedais e efeitos eu usava no princípio da canção, que tipo de som místico. A resposta é o conjunto de pedais da BOSS. Eu coloquei 2 delays nela. Há dois delays, um trabalhando contra o outro, delays longos e curtos. É 400 e 800 milissegundos, aproximadamente, no começo da canção. Também, é o modo e o lugar onde eu ataco com a palheta. Parece bobagem, mas nós estávamos gravando " She Sells Sanctuary " em um estúdio em Londres chamado Olympic, onde Led Zeppelin e Free também gravaram. Eu achei um arco de violino, e eu comecei a tocar a guitarra com o arco como Jimi Page fazia. Eu fiz isto para divertir Atsbury que estava na sala de controle e para fazer o som soar mais estranho, eu pisei em todos os pedais do meu pedalboard. Então eu deixei de bater as cordas e fazer tudo aquilo, eu toquei o riff do meio da canção que era amável e comecei a paletar com todo aquele efeito. O produtor disse, " Segure, segure, isso é ótimo "! E nós decidimos começar a canção com aquele som místico. Se eu não tivesse achado aquele arco de violino, nada seria como agora.
O que você pretende fazer depois da turnê?
Eu penso em escrever algumas canções novas, agora nós somos só “vamos”, estamos concentrados na estrada. Nós provavelmente vamos gravar um disco, ainda temos uma base de fãs hardcore, e há uma demanda nisso. Sei que nós não vamos ser populares sempre.
Poderia haver um projeto solo por aí?
Eu duvido que eu venha a fazer parte de um projeto solo agora. Eu sempre fui um sujeito de banda. Tendo dito que, eu tenho uma banda paralela com uns amigos chamada Circus Diablo. Nós fizemos um álbum ano passado, e Matt Sorum tocou bateria nele. Outro sujeito - Billy Morrison que tocou baixo alguns anos atrás na banda - está cantando, e nós fizemos este álbum por diversão.
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